Estudo realizado por investigadores do CHRC publicado no MDPI - o Impacto da COVID-19 no estilo de vida dos idosos

Estudo realizado por investigadores do CHRC publicado no MDPI - o Impacto da COVID-19 no estilo de vida dos idosos

Os professores da Universidade de Évora Armando Raimundo, José Marmeleira e o estudante de doutoramento Nilton Chantre Leite, investigadores do CHRC, publicaram o seu artigo científico – Impact of COVID-19 Pandemic on Daily Life, Physical Exercise, and General Health among Older People with Type 2 Diabetes: A Qualitative Interview Study – na Edição Especial do MDPI “Os Benefícios da Atividade Física e do Exercício nas Funções Motoras e Cognitivas em Idosos”.

A pandemia de COVID-19 teve um grande impacto na vida de milhões, principalmente para os que padecem de doenças crónicas, tornando-os vulneráveis às consequências da infecção. O estudo foi realizado com o objetivo principal de estudar os primeiros 9 meses da experiência pandémica na vida dos idosos que sofrem de Diabetes Tipo 2 (T2DM), centrado nos hábitos e exercício físico praticados na altura.

“É importante compreender melhor os sentimentos dos idosos com T2DM e as formas como têm lidado com as preocupações relacionadas com a gestão da doença, comportamentos relativamente à prática de exercício físico, saúde e bem-estar, que em outros estudos/projetos podem ter permanecido inexplorados.”

Os investigadores explicam no artigo como o estudo foi conduzido.

“Realizamos um estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados consistem em entrevistas telefónicas feitas a 17 idosos com T2DM (10 mulheres e 7 homens, com idades entre 62 e 76 anos). A partir da análise temática, foram gerados cinco temas: (1) uma vida social e relacional alterada; (2) mudanças na rotina e atitude em relação ao comportamento de atividade física; (3) as atividades domésticas ganharam relevância; (4) impacto e gestão na saúde e bem-estar; e (5) reflexões sobre o período pós-pandemia.”

Neste estudo, foi percebido que muitos idosos limitavam o contacto social e a prática de exercício físico devido ao medo de uma provável infecção com a COVID-19, tornando comum a sensação de ansiedade, isolamento, solidão etc. Sabe-se que este é um caminho para ter também um impacto negativo na sua própria saúde.

“Sabe-se que a adopção de um estilo de vida saudável (exercício físico) auxilia na prevenção de complicações, melhora a acção da insulina e beneficia o controlo glicémico na população estudada. Investigadores realizaram estudos que levantaram preocupações sobre o impacto da COVID-19 em diferentes aspectos do estilo de vida e da saúde de pessoas com T2DM. Como eles próprios têm o conhecimento que fazem parte do grupo de risco elevado, mostraram-se mais preocupados em contrair o vírus e, por isso, evidenciam os efeitos negativos da COVID-19 na saúde psicossocial (ou seja, angústia, solidão, isolamento)."

Este estudo foi realizado pelos investigadores do CHRC - Professores Armando Raimundo, Nilton Chantre Leite, José Marmeleira - com a colaboração do Dr. Romeu Mendes da Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.

Para ler o artigo científico na íntegra, clique aqui: https://www.mdpi.com/1660-4601/19/7/3986/htm

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Autor

Andreia Santos

Investigadores

Armando Raimundo

José Marmeleira