Investigadora do CHRC e da ENSP – NOVA é PI de projeto europeu em educação de ciência sobre desafios da Saúde Pública
O PAFSE “Partnerships for Science Education” tem como instituição coordenadora a Escola Nacional de Saúde Pública - Universidade Nova de Lisboa e como investigadora principal (IP) a Prof. Carolina Santos, também ela investigadora do CHRC. A Comissão Europeia financiou o projeto em 1.46 milhões €. O PAFSE envolve membros de consórcio nacionais e internacionais e parcerias estratégicas nacionais, para criar uma rede multidisciplinar com o objectivo de enriquecer a educação de ciência sobre desafios da Saúde Pública, com players da área das ciências (universidades, centros de investigação, laboratórios, etc.) e de todos os setores da sociedade (empresas, organizações da sociedade civil, institutos governamentais, ONGs, start-ups, etc.).
“Portugal lidera projeto europeu em educação de ciência que prepara para os desafios da saúde pública. O PAFSE “Partnerships for Science Education” vem criar parcerias entre escolas, universidades, centros de investigação, laboratórios, empresas, associações, representantes da sociedade civil, entre outros, envolvendo-os nos esforços de enriquecer a educação nas áreas curriculares STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) com o seu contributo para a saúde pública. Numa primeira fase, o projeto irá focar toda a comunidade escolar e parceiros na preparação para reduzir o risco de doenças transmissíveis e epidemias, mas irá estender-se a outros problemas, como a obesidade infantil, os acidentes rodoviários, as zoonoses, a diabetes, ou as iniquidades em saúde.”
“A preocupação com a propagação de doenças infeciosas e zoonoses, ou seja, doenças transmitidas entre animais e seres humanos, são atualmente temas abordados não apenas pela comunidade científica, mas também pela população em geral. Foi esta a principal motivação para o desenho do PAFSE, onde estão envolvidos investigadores pertencentes a cinco instituições portuguesas: Universidade NOVA de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública (líder do projeto), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, Universidade do Minho, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e Prevenção Rodoviária Portuguesa.”
Para a concretização deste projecto, o PAFSE trabalha com a Direção-Geral de Educação no sentido de identificar escolas interessadas em ingressar no projecto, cujo alvo são os alunos do 3º ciclo de escolaridade, de forma a promover a literacia em saúde nas aulas de Ciências, Matemática, Fisico-Química, Tecnologias da Informação e Comunicação, mas não fica só por aqui.
“O projeto prevê também atividades nos clubes de ciência e ambientes da comunidade com o apoio dos parceiros, recorrendo-se a ambientes de aprendizagem inovadores para, por um lado, despertar o interesse e a curiosidade nos jovens pelos currículos e profissões nas áreas STEM e, por outro, torná-los embaixadores da saúde pública nos seus ambientes de vida. Ao construir e dinamizar redes de educação de ciência com epicentro nas escolas, o PAFSE terá múltiplos impactos na preparação dos cidadãos e, ao fazê-lo, dará o seu contributo para os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).”
O PAFSE quer chegar a pelo menos 3000 alunos, pertencentes a 4 países diferentes como Portugal, Chipre, Grécia e Polónia, englobando mais de 1000 escolas que sejam beneficiadas pelo projeto.
O projecto conta com o Instituouto Technologias Ypologistonkai Ekdoseon Diofantos (Grécia), Panepitismio Ioannion (Grécia), University of Cyprus (Chipre) e Uniwersytet Im. Adama Mickiewicza W Poznaniu (Polónia) como membros do Consórcio internacionais, e foi aprovado no programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da Comissão Europeia.
Website do projeto: https://pafse.eu/