“Tracking Systems” ao serviço da investigação no Desporto – Revista Inverso

“Tracking Systems” ao serviço da investigação no Desporto – Revista Inverso

O docente do Departamento de Desporto e Saúde da ESDH-UÉ e investigador do CHRC, Bruno Gonçalves teve a sua história como investigador publicada na revista INVERSO onde fala e explica a paixão pela prática desportiva com a vontade de entender tudo o que se passa à sua volta, o que culminou em estudos científicos de alto impacto e inovativos dentro da área do desporto.

Bruno falou sobre o início da sua carreira na investigação que o levou a estudos de alto impacto sobre a análise do comportamento e análise e rendimento desportivo.

"Formei-me para ser professor de Educação Física, mas no primeiro ano, após terminar o Mestrado em Ensino, obtive uma bolsa de Investigação num projeto científico que tinha como objetivo a avaliação do treino e da competição em jogos desportivos coletivos. A integração nesse projeto acabou por ser um despertar para o estabelecimento de objetivos profissionais. Apaixonei-me pela investigação científica, pela análise e controlo do treino e do jogo, e, essencialmente, pelas tecnologias de rastreamento de objetos, conhecidas por tracking systems.”

Para Bruno, a tecnologia é uma grande aliada nestes estudos científicos, conseguindo desta forma analisar o comportamento e rendimento desportivo através de acesso rápido de informação e tendo em conta que são necessárias constantemente novas abordagens multidisciplinares. “Estes sistemas moldaram a forma como olho para o comportamento dos atletas em contexto desportivo e foram (e são), sem dúvida, a revolução tecnológica nos processos de monitorização e avaliação da performance”.

Estas ferramentas tecnológicas provaram ser úteis até para novos estudos científicos nunca antes feitos, como o estudo de exposição do contacto interpessoal em futebol durante a pandemia COVID-19. Juntamente com Hugo Folgado, também ele investigador do CHRC e docente do Departamento de Desporto e Saúde da ESDH-UÉ, foi realizado este estudo, através de sistemas de rastreamento automático. A análise sugeriu que o futebol não é uma modalidade de alto risco de exposição respiratória para a transmissão da COVID-19, o que corrobora com a classificação avançada pela Direção-Geral da Saúde. Desta forma, os estudos efetuados através das ferramentas de tracking systems não estão só a serviço do futebol, mas também têm impacto para a comunidade na sua generalidade.

Veja a entrevista publicada aqui (página 26): https://www.uevora.pt/ue-media/Revista-Inverso/Inverso5

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Autor

Andreia Santos

Investigadores

Bruno Gonçalves