Infeções, sepsis e resistência a antibióticos
Este grupo de investigação é uma equipa multidisciplinar de:
- Médicos;
- Estatísticos;
- Epidemiologistas;
- Biólogos.
Estes especialistas tratam de infeções altamente letais e outras que são preocupações globais de saúde pública.
Os principais objetivos desta pesquisa incluem melhorar o diagnóstico e a terapia de infeções altamente letais e ajudar a identificar populações vulneráveis e novas políticas de saúde para doenças transmissíveis.
O grupo procura soluções para:
- Prevenir a exposição ao agente infeccioso;
- Tornar indivíduos, ou populações suscetíveis, imunes ao agente infeccioso;
- Compreender melhor a fisiopatologia das doenças infecciosas, explorando a interação entre o agente infeccioso e o hospedeiro;
- Melhorar o diagnóstico de indivíduos infetados e desenvolver marcadores de prognóstico de resultados negativos;
- Tratar pessoas infetadas para prevenir doenças e a transmissão do agente a outras pessoas;
- Epidemiologia da infeção neonatal, fornecendo conhecimento sobre a prescrição de antibióticos e estratégias para melhorar essa prescrição;
- Melhorar a atemporalidade e adequação dos cuidados para indivíduos sintomáticos para minimizar a mortalidade e, em alguns casos, reduzir a probabilidade de transmissão a outras pessoas.
De modo geral, em termos de metodologia é mais frequente a utilização de métodos quantitativos do que qualitativos. De acordo com o objetivo, podem ser utilizados diferentes desenhos de estudo. Por exemplo, estudos observacionais longitudinais (prospetivos ou retrospetivos) ou estudos experimentais, que permitem estabelecer relações de causalidade, podem ser úteis para compreender a fisiopatologia, as causas, os fatores de risco e a evolução de determinada doença. A realização de estudos que têm por objetivo testar a acuidade diagnóstica e/ou prognóstica de determinadas variáveis clínicas e/ou biomarcadores é frequente e segue as orientações STARD/ TRIPOD da rede EQUATOR. As fontes de dados, quer qualitativos, quer quantitativos, são bases de dados construídas especificamente para o efeito, sendo também, muitas vezes, utilizados os processos clínicos ou bases de dados, nacionais e internacionais, previamente existentes no contexto de vigilância epidemiológica ou de fármaco-vigilância. A metodologia estatística baseia-se na análise descritiva da população em estudo, seguida da utilização de testes de inferência estatística adaptados ao objetivo que se pretende estudar. As ferramentas mais utilizadas são o Excel, o SPSS e o STATA.
A investigação em tuberculose e COVID-19 é epidemiológica, retrospetiva ou prospetiva, seja com recurso a base de dados de vigilância, como o sistema de vigilância à tuberculose (SVIG-TB) ou através da recolha de dados, seja através da realização de estudos caso-controlo ou coortes ambidireccionais. O R é a linguagem mais usada para análise de dados, em conjunto com o programa SPSS. São realizadas análises descritivas, univariadas e multivariadas, utilizando regressão para outcomes binários, contagens e tempo de sobrevivência, ou séries temporais. O objetivo dos trabalhos passa por estimar o efeito de determinada exposição ou identificar o efeito de variáveis de interesse, ajustando por fatores de confundimento.